Impossível é não odiar estas manhãs sem teto e as valsas que banalizam a morte.
Tudo que fácil se dá quer negar-nos. Teme o ludibrio das corolas. Na orquídea busca a orquídea que não é apenas o fátuo cintilar das pétalas: busca e móvel orquídea: ela caminha em si, é contínuo negar-se no seu fogo, seu arder é deslizar.
Vê o céu. Mais que azul, ele é o nosso sucessivo morrer. Ácido céu. Tudo se retrai, e a teu amor oferta um disfarce de si. Tudo odeia se dar. Conheces água? ou apenas o som do que finge?
Não te aconselho o amor. O amor é fácil e triste. Não se ama no amor, senão o seu próximo findar. Eis o que somos: o nosso tédio de ser.
Sublime, pois, seria suicidar-nos: trairmos a nossa morte para num sol que jamais somos nos consumirmos.
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