quarta-feira, 23 de setembro de 2009


Quanto minuto curtissimo se desprende do teu paletó desusado? zado? amanhã estaremos emborcados contra o susto de toda herança, de toda... amanhã.. deixa.. os que se sentam entre as unívocas reclamações populares, esses estarão sempre cobertos de teia e mel. Nós, porém, nós, que não somos nem esse pronome progone profone, nem,nós deixamos que tudo se suceda e nos suma num grave passo de nada se te perguntarem onde está meu corpo, diz: Ai, deixem o corpo dela. Não fales entre as águas se o tempo te acedia, perfura a tua propria nódoa, come o teu proprio limbo, desce, desce, desce, que a espera do fundo é sempre uma anedonta do dia. Onde te enterram diariamente, meu amigo? onde me enterram, sem mim, onde? quem desvenda sem amor o meu rosto tão duro, tão duro quando a luz o alcança?
Dizem que a minha perfeita forma é a de negação dos cruzados. Dizem que tudo que resto, em mim, é uma mera estattística incongruente, dizem tudo dizem, eles nasceram para falar, para contar historias, para comentar a cor de cada fato sem cor. Ouçamo-los com tédio..
Somos pouco mais de dois terços de nós a caminho do campomorto. Somos muito mais do que as hostes de Brad, dos contempladores do frio. somos uma vaga promessa de regresso sem contorno. As humilhações do tempo, as estúpidas reconsiderações no solo, nada, nadanada, nada. Nada nos salvará de nossa força. Estou sentada numa raiz á sombra e um rato come o meu dedo mínimo e sorri, Ele pense que eu não reparo no seu roubo. Pobre rato, que rói seu próprio dedo mínimo e sorri de não saber que não sabe que ele se vê roendo a se mesmo, á sombra. Ainda bem que é á sombra, essa sombra que é ardentes e terrível, que queima os ossos e nunca a pele.Amanhã, amanheceremos a teu lado direito, vestidos de fraque e cartola negra. Seremos uns vontes, com a mesma cara e a mesma voz. Nosso riso porém é o mesmo. Chefaremos e beijaremos a tua fria mão, irmão, te bateremos o rosto, comeremos os cabelos, te diremos sem dor: cada vento que chega já morreu entre os beiços da múmia. Ama, ama o sinal de queda, porque ele se desmente para reverter na infinitude dos píncaros de branca devassidão..Quando te cansares de tudo, olha a tua mão e te diz: estou cansado de tudo, aí então sim. Aí nada. Ri, meu besta, tira teu braço e lambe-o, lambe-o, lambe-o!!

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